“A melhor forma de reduzir os danos dos fitonematoides é o manejo integrado”, afirma especialista

A engenheira agrônoma Andressa Machado, da Agronema, apresentou durante a Fenicafé 2025 – Feira Nacional de Cafeicultura Irrigada estratégias para o controle das diferentes espécies de fitonematoides. Sua palestra fez parte da 28ª edição do evento, que se encerrou nesta quinta-feira(10), no Parque de Exposições Ministro Rondon Pacheco, em Araguari, no Triângulo Mineiro.

Prejuízos na lavoura - Segundo a engenheira Andressa Machado, os fitonematoides representam uma preocupação crescente para os cafeicultores. As principais espécies que atacam o cafeeiro são Meloidogyne exigua, devido à sua ampla distribuição em lavouras mineiras, e M. paranaensis e M. incognita, que se destacam pela alta agressividade. “Outras espécies, como Pratylenchus coffeae, P. jaehni e P. brachyurus, também podem causar danos significativos, especialmente quando associadas a fungos de solo como o Fusarium”, completa.

Controle eficiente - O controle eficaz desses parasitas envolve diversas abordagens. “Já temos algumas cultivares de café com resistência a Meloidogyne spp., mas as opções ainda são limitadas, principalmente para M. paranaensis, que requer manejo genético para garantir maior longevidade da lavoura e produtividade elevada”, explica Andressa Machado.

Mesmo com a adoção de cultivares resistentes, ela destaca a necessidade de combinar outras estratégias, como o uso de nematicidas químicos e biológicos, já que a resistência completa a esses parasitas ainda não foi alcançada.

Manejo integrado - Para Andressa Machado, a melhor forma de reduzir os danos dos fitonematoides é o manejo integrado. “Sob altas populações de nematoides, a combinação de cultivares resistentes com nematicidas químicos garante um controle mais imediato, enquanto os nematicidas biológicos aumentam o período de proteção e proporcionam benefícios adicionais às plantas”, explica.

Como a cultura do café é perene, ela reforça que o monitoramento e o controle constante são indispensáveis. “O descuido com os nematoides pode resultar em um aumento populacional descontrolado, causando quedas de produtividade e, em casos extremos, a morte das plantas”, alerta.