Fenicafé 2025: especialistas debatem inovação e sustentabilidade na cafeicultura irrigada

O Simpósio de Cafeicultura Irrigada, que este ano chega à sua vigésima edição, reunindo renomados especialistas para abordar temas que impactam diretamente a produção e a sustentabilidade do café irrigado no Brasil e no mundo

 

A Fenicafé 2025 – Feira Nacional de Cafeicultura Irrigada fomentará debates de alto nível sobre inovação e desafios do setor cafeeiro. Um dos momentos mais esperados do evento é o Simpósio de Cafeicultura Irrigada, que este ano chega à sua vigésima edição, reunindo renomados especialistas para abordar temas que impactam diretamente a produção e a sustentabilidade do café irrigado no Brasil e no mundo.

O professor Dr. André Luís Teixeira Fernandes, Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão da Uniube e sócio-proprietário da C3 Consultoria e Pesquisa, destacou a relevância das discussões que acontecerão ao longo do evento. “Na parte da manhã, serão abordados diversos temas de grande interesse para a cafeicultura irrigada nacional e internacional, especialmente sobre projetos de irrigação para cafeeiros”, explicou.

Segundo ele, um dos principais momentos do simpósio será a palestra do professor Dr. Luiz Fabiano Palaretti, da Unesp, que discutirá os critérios básicos para produtores que desejam iniciar um projeto de irrigação. “A ideia é apresentar tudo o que o produtor precisa saber antes de começar a pensar em irrigar café, desde os requisitos iniciais até a implantação do sistema”, ressaltou o professor André.

Outro destaque da programação matutina será a palestra do professor Dr. Otávio Neto, da Universidade Estadual do Sudoeste Baiano, que apresentará inovações no manejo da irrigação do cafeeiro. “Depois que o sistema está instalado, o produtor precisa saber qual o momento certo de irrigar e a quantidade ideal de água a ser aplicada. Esses aspectos são fundamentais para otimizar a produção”, explicou o professor André Fernandes.

Encerrando a manhã de debates, o professor Dr. Rafael Battisti, da Universidade Federal de Goiás, abordará os efeitos das mudanças climáticas na cafeicultura irrigada. “Sabemos que o clima está cada vez mais instável, com temperaturas mais altas e evapotranspiração intensificada. Isso tem impactado seriamente a produção de café e, consequentemente, os preços, que atingiram patamares históricos”, pontuou.

Aprofundamento Técnico

No período da tarde, a programação continuará com discussões aprofundadas sobre aspectos fisiológicos e de mercado. O professor José Dr. Donizeti Alves, da UFLA, falará sobre a fisiologia do cafeeiro e a importância do estresse hídrico na produção. “A gestão do estresse hídrico é uma estratégia essencial para maximizar a qualidade e a produtividade do café”, destacou.

Outro tema de grande relevância será abordado em duas palestras sobre cafeicultura irrigada das variedades Conilon e Robusta. “Com os preços históricos do Conilon, chegando a quase R$ 2 mil por saca, a irrigação se tornou uma ferramenta essencial para garantir produtividade. A área irrigada dessas variedades já supera a do Arábica em algumas regiões”, afirmou o professor.

Encerrando o simpósio, o deputado federal Zé Vitor, que também é agrônomo, conduzirá uma discussão sobre as políticas agroambientais e seu impacto na irrigação do cafeeiro. “Terminar com esse tema é crucial, pois políticas sustentáveis podem definir o futuro da cafeicultura irrigada no Brasil”, concluiu o professor André Fernandes.

Oportunidades de Negócios

Além do simpósio técnico, a Fenicafé 2025 contará com uma grande feira de exposição, onde empresas apresentarão soluções tecnológicas inovadoras para o setor cafeeiro, incluindo sistemas automatizados de irrigação, mecanização e insumos.

O evento acontece de 7 a 10 de abril de 2025, no Parque de Exposições Ministro Rondon Pacheco, em Araguari-MG, e já está com inscrições abertas. A entrada é gratuita. “Será uma oportunidade única para se atualizar sobre as tendências da cafeicultura irrigada e estabelecer conexões estratégicas para o futuro do setor”, finalizou o professor André Fernandes.